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10 habilidades para se tornar um bom tradutor

  • Foto do escritor: Dona Tradutora
    Dona Tradutora
  • 25 de abr.
  • 3 min de leitura


Nem só da vontade de ser tradutor vive o iniciante. Algumas habilidades, que muitas vezes passam despercebidas, são fundamentais para começar a viver o sonho da Tradução.

Recentemente, eu fiz um post no Instagram sobre as 4 habilidade que um tradutor deveria ter para se tornar um profissional melhor.

Mas diante de tanta interação, resolvi melhorar o post e aumentar essa lista para englobar tudo que acho necessário para ter sucesso na profissão.


Traduzir não é apenas trocar palavras de um idioma para outro. É fazer pontes. É mergulhar em sentidos e emergir com clareza.

Para quem deseja viver de tradução — especialmente a literária — algumas habilidades fazem toda a diferença.


E aqui estão algumas características que devem ser levadas em conta se você quer seguir nesta profissão:


  • Gostar de estudar: é importante estudar e fazer cursos de especialização na sua área de trabalho. Muitas vezes você vai precisar estudar e pesquisar muito sobre o texto que estiver traduzindo. Isso faz com que você esteja em constante aprendizado sobre temas que nem sempre são da sua área de atuação ou com o nicho que você quer trabalhar.


  • Proatividade: é importante saber que você vai precisar fazer contato direto ou se adiantar ao cliente. Ser proativo é conseguir se adiantar diante de um problema para entregar ao cliente exatamente o que ele precisa. Isso vale também para a prospecção.


  • Celeridade: tradutores trabalham com prazos curtos, principalmente quando trabalham para agências de tradução. Mas para garantir a qualidade do texto precisamos aprender a fazer traduções de maneira inteligente e eficiente. É assim também que conseguimos mais trabalho.


  • Saber pesquisar: como eu sempre digo, um bom tradutor é antes de tudo um bom pesquisador. Muitas vezes você vai precisar traduzir palavras que não podem ser utilizadas no sentido literal e vai precisar de muita pesquisa para serem inseridas no contexto. Ter curiosidade e iniciativa para buscar o melhor termo ou contexto é uma habilidade que brilha no texto final. Além disso, devemos estar atentos a muitos tipos de matéria, assuntos, textos e definições. A pesquisa é uma das bases da boa tradução.


  • Domínio profundo da língua de chegada: não basta saber outro idioma — é fundamental escrever com fluidez, clareza e precisão no Português.

    A tradução é também um exercício de recriação, e o domínio da língua materna garante que o texto final seja não apenas correto, mas surpreendente.


  • Leitura crítica e analítica: Paulo Rónai costumava dizer que os tradutores são os leitores mais atentos que existem. Ou seja, é preciso ir além da superfície do texto original, entendendo estilo, tom, intenção e nuances. Quanto mais você lê com profundidade, mais apurada será sua capacidade de manter a alma do texto original na outra língua.


  • Sensibilidade cultural: palavras carregam culturas. Expressões, referências, tons de humor e até silêncios têm significados diferentes em cada contexto.

    Saber adaptar sem perder a essência é uma arte — e exige atenção, pesquisa e sensibilidade.


  • Organização e Gestão de Tempo: se você deseja trabalhar como freelancer, CLT ou tradutor autônomo, vai precisar lidar com prazos, entregas e projetos simultâneos. Planejamento e disciplina serão seus grandes aliados para crescer com consistência e leveza — principalmente se você está em transição de carreira.


  • Autonomia: ninguém sabe tudo, e isso é normal. Mas um bom tradutor sabe onde procurar. Desenvolve características para entender onde precisa estar, com quem precisa de relacionar, e como precisa estudar para se preparar.

    Dicionários especializados, glossários, pesquisas históricas, fóruns — tudo pode ser recurso. Mas não se trata só da pesquisa. É a coragem de se aventurar, de ir além, de se conectar com que está disponível.


  • Escuta ativa e flexibilidade: seja com clientes, editores ou professores, a escuta ativa é o que transforma feedback em aprendizado.

    Ser flexível, adaptar-se a estilos e estar aberta ao crescimento contínuo vai te levar longe — e te manter em movimento mesmo nos dias difíceis.


Essas foram as habilidades que eu desenvolvi quando resolvi fazer minha transição de carreira para a Tradução. Deu tão certo que consigo ajudar muitos colegas que estão iniciando e ainda perdidos nessa jornada.


E quem quiser colaborar com o post será sempre bem-vindo!

Quais outras habilidades vocês julgam importantes além destas?



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